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Até quinta-feira (2)

Brasil tem 58 novas mortes por coronavírus, recorde em 24h, e chega a 299 vítimas

Folhapress
03 abr 2020 às 08:39
- iStock
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O Brasil já registra ao menos 299 mortes pelo novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (2).

Foram 58 novas mortes confirmadas nas últimas 24 horas, o maior volume registrado desde o início da emergência pela Covid-19.

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O recorde anterior havia sido registrado na terça (31), com 42 mortes confirmadas em apenas um dia.

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Com os novos dados, o país também já soma 7.910 casos confirmados da doença. O número representa um salto de 16% em relação ao dia anterior, quando eram contabilizados 6.836 casos.

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Até esta quinta-feira, 22 unidades da federação registram mortes pelo vírus. Todos os estados das regiões Sudeste, Nordeste e Sul já tiveram ao menos um registro de morte pelo novo coronavírus.


Os estados de Sergipe, Espírito Santo e Pará tiveram os primeiros registros de mortes nas últimas 24 horas. Em todo país, o maior volume é registrado em São Paulo, com 188 mortes pela Covid-19, sendo 24 em apenas um dia.

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Na sequência, aparece o Rio de Janeiro (41 mortes) e o Ceará (20). Apenas cinco estados ainda não têm mortes registradas pelo Ministério da Saúde, embora em todos eles haja casos da doença. São eles Acre, Amapá, Mato Grosso, Roraima e Tocantins.


O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que são testados apenas os casos graves, de pacientes internados em hospitais, e há casos represados à espera de confirmação.

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Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira mostrou que equipes de atenção básica em várias cidades e estados afirmam que a subnotificação ao Ministério da Saúde de casos suspeitos tem sido gigantesca. Dizem ainda que, sem uma portaria específica do ministério, médicos têm se guiado por notas técnicas locais com orientações distintas.


Um levantamento da pasta com base em 256 das 299 mortes já confirmadas aponta que 85% ocorreram em pessoas com ao menos um fator de risco. Do total, nove em cada dez tinham mais de 60 anos, índices que têm se mantido estáveis nos últimos dias.

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Também houve ao menos nove mortes de pessoas com menos de 60 anos e que não tinham registro de doenças associadas.
O país registra 23.999 hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave até a tarde desta quinta. Desse total, 1.587 (7%) foram confirmadas para Covid-19, segundo dados do ministério. Tem havido demora nas confirmações para a doença por causa da limitação na oferta de testes. A pasta confirmou nesta quinta, a partir de investigação retrospectiva, que o primeiro caso da doença no Brasil ocorreu em janeiro –até agora, o registro oficial do caso pioneiro era de fevereiro.


As hospitalizações neste ano por esse motivo tiveram aumento de 197% com relação ao mesmo período do ano passado.
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a minimizar a pandemia do novo coronavírus nesta quinta-feira (2), quando disse "desconhecer qualquer hospital que esteja lotado".

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Questionado sobre a declaração do presidente, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse em entrevista nesta quinta trabalhar "olhando além da doença do coronavírus, olhando a doença do próprio sistema de saúde".


"Mas fico muito feliz de o presidente estar constatando que as medidas estão conseguindo segurar uma espiral de casos. Se é no Rio de Janeiro, fico até mais confortável porque lá temos quase 4 milhões de pessoas em áreas de exclusão social", afirmou Mandetta.

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"Hoje nós temos que cuidar do estoque e da infraestrutura desse sistema". Mandetta também disse que a iniciativa privada precisa se organizar e manter seus estoques para que o país possa ter "condições e atravessar esse período difícil".​


O ministro mostrou otimismo com relação à evolução no número de casos e fez referência às medidas e restrição de circulação.


"Gostei um pouco da redução de casos em relação a ontem. Isso pode mudar, mas indica que estamos ficando com uma curva menos íngreme, o que indica que devemos manter essa dinâmica social", disse.


"Estamos trabalhando para achar nossa métrica [de restrições e ações de saúde], e estamos trabalhando com o mesmo diapasão. Nós não estamos falamos aqui de quarentena horizontal nem vertical, falamos de dinâmica social, que a gente pode acelerar um pouco, diminuir um pouco, e um colchão de proteção social muito extenso".


O número de pessoas infectadas em todo o mundo pelo Sars-CoV-2 ultrapassou a marca de 1 milhão nesta quinta-feira (2), segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. A Europa já tem mais da metade das pessoas infectadas em todo o mundo, e os EUA são o país que tem mais casos sozinho: mais de 220 mil.


Os cinco países com mais casos são EUA, Itália, Espanha, Alemanha e China.


Violência


Em entrevista no fim da tarde, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, anunciou algumas medidas de sua pasta para cooperar com os efeitos colaterais do coronavírus.


Em dois dias, estará disponível gratuitamente em lojas virtuais um aplicativo para denúncias de violência doméstica.
"Nos preocupa muito o aumento da expectativa da violência contra a mulher", disse Damares.


Mesmo sem citar números, a ministra afirmou que a violência contra a mulher cresceu de forma considerável fora do país. No Brasil, ela disse que o número de notificações já cresceu 50% no estado do Rio de Janeiro.


Damares ponderou que, no estado, o boletim de ocorrência pode ser feito online, o que facilita as denúncias.


"Em outros estados, não tem crescido desta forma porque a mulher está dentro de casa com o agressor", afirmou.
Segundo Damares, outros tipos de violência, além daquela praticada contra a mulher, poderão ser feitos pelo aplicativo durante o período de crise.


A ministra também anunciou o lançamento de uma cartilha para prevenir acidentes domésticos. A pasta teme que haja um aumento considerável no número de casos já que as crianças estão ficando em casa.


Outra iniciativa do ministério é desafogar abrigos através das famílias acolhedoras.


"Que estas pessoas voltem para estes programas para que crianças que estão em abrigos sejam acolhidas para a que a gente possa desafogar os abrigos", afirmou.

Damares Alves também falou de uma preocupação específica com povos ciganos e pediu que eles permaneçam nas cidades em que estão.


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