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Dados preocupantes

Brasil tem 615 novas mortes por coronavírus, bate recorde e se torna o 6º com mais óbitos

Natália Cancian, Paulo Saldaña e Ricardo Della Colletta
07 mai 2020 às 08:20
- Reprodução/Pixabay
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Dados do Ministério da Saúde desta quarta-feira (6) mostram que o Brasil bateu um novo recorde de mortes por coronavírus registradas em um dia, com 615 novos óbitos, e se tornou o sexto país com mais óbitos no mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA), que monitora dados da pandemia.

Com um total de 8.536 mortes por coronavírus, o Brasil ultrapassou a Bélgica, que tem 8.339 óbitos.

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Também houve 10.503 novos casos confirmados - o total é de 125.218.

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O recorde de mortes registradas em 24 horas era do dia anterior, com 600 novos óbitos.

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Segundo especialistas, os números reais devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação. Atualmente, o país tem 1.643 mortes em investigação.


Questionado sobre se o recorde indica uma necessidade de reforço em orientações de isolamento, o ministro da Saúde, Nelson Teich, admitiu que há uma tendência de aumento na curva e defendeu reforço em "medidas de cuidado", sem, contudo, citar exemplos.

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"Sobre as mortes, a curva não está caindo e vamos ter que prestar atenção nisso e intensificar um pouco mais a nossa comunicação com a sociedade falando dos cuidados", afirmou. "Vemos que não estamos entrando numa descendente."


Apesar de reconhecer o aumento, Teich voltou a defender que sejam analisados os cenários regionais, e não uma "média Brasil". Segundo ele, as orientações devem variar por região.

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"Temos que tratar regionalmente. Não existe hoje uma média Brasil, não podemos abordar o Brasil através de uma média. Vemos que para o Brasil não temos uma linha de queda, mas a abordagem de cada região vai depender dos números locais. A estratégia de cada local vai depender da evolução", disse.


Desde que assumiu o cargo, Teich tem sido alvo de críticas por mudar o modelo de divulgação do panorama da Covid-19 no país. Dados que indicavam alerta sobre a situação da epidemia, como a classificação de parâmetros de alerta por estados e capitais e balanço detalhado de mortes por faixa etária e fatores de risco, por exemplo, têm deixado de serem divulgados.

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Por outro lado, a pasta tem aumentado a divulgação de outros dados tidos como positivos, como a estimativa de recuperados. Até esta quarta, eram 51.370, o equivalente a 41% do total.


Representantes da pasta também têm frisado que, entre as novas mortes confirmadas, parte ocorreu em dias anteriores. Dos 615 novos óbitos nesta quarta, 140 ocorreram nos últimos três dias e as demais em outras datas. Para especialistas, a situação revela o atraso no diagnóstico no país.

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Questionado sobre a ausência de dados de incidência da doença por municípios, Teich negou que houvesse uma censura e disse que passaria a divulgar os números.


Epicentro da crise, São Paulo continua sendo o estado com mais casos e mortes por coronavírus. Ao todo, são 37.853 registros da doença confirmados e 3.045 mortes. Em meio ao aumento nos números, o estado tem visto cair o índice de isolamento social, o que preocupa autoridades. Na segunda (4), o isolamento foi de 47%.

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Depois de São Paulo, o estado com maior número de casos é o Rio de Janeiro, com 13.295 já confirmados e 1.205 mortes.


Já quando analisados os dados de incidência da Covid-19, indicador que abrange o total de casos pela população, outros estados passam à frente. São eles Amapá, Amazonas, Roraima, Ceará, Pernambuco, Acre e Espírito Santo.


Ao comentar os números, Teich apenas citou que a pasta iria reforçar "medidas de cuidado", mas mais cedo o ministro admitiu a possibilidade de que o governo recomende o chamado lockdown (confinamento radical) para cidades que estejam enfrentando uma transmissão mais grave do coronavírus.


O ministro também afirmou que o plano do ministério para o isolamento social trará diretrizes regionalizadas.


"O importante é colocar que quando a gente fala em isolamento e distanciamento existem vários níveis. É importante que a gente entenda que não existe uma defesa do isolamento ou não isolamento. Vai ter sempre medidas simples até o lockdown. O que é importante é que cada lugar vai ter sua necessidade", declarou.


Segundo o ministro, as diretrizes para o tema estão em análise na pasta e devem ser divulgadas no momento oportuno, mediante coordenação com as autoridades sanitárias com estados e municípios.

"Vai ter lugar que vamos recomendar o lockdown e vai ter lugar em que existe uma situação que permite tentar alguma coisa", acrescentou, afirmando que, em locais em que houver menor incidência da Covid-19, serão propostas ações de flexibilização.


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