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Segundo infectologista

Classes altas terão maior potencial de contaminação por Covid-19

Folhapress
22 out 2020 às 09:27
- Reprodução/Pixabay
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O novo aumento de casos do coronavírus que atinge a Europa é um fenômeno também esperado no Brasil, e em cidades como São Paulo tem potencial para atingir mais fortemente as classes mais altas, até aqui menos afetadas. Para a infectologista Mirian de Freitas Dalben, do Hospital Sírio-Libanês, essa é uma possibilidade real, dado os índices maiores de infecção nas classes C e D na capital paulista.


A infectologista foi a entrevistada na série de lives Ao Vivo em Casa, nesta quarta-feira (21), pelo jornalista Emilio Sant'Anna.

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Os desempregados foram os mais afetados pela epidemia da Covid-19 na cidade de São Paulo: 26,1% deles foram infectados pelo coronavírus, de acordo com inquérito sorológico feito pela prefeitura para rastrear a doença na capital.

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"Na cidade de São Paulo, um estudo de prevalência mostrou que 20% da população da classe C, ante 9% da população da classe A, já teve Covid-19", diz. "Em Manaus, por exemplo, há um aumento maior no número de casos nos hospitais particulares do que nos públicos."

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Mirian afirma que pode ser precoce afirmar que isso vá, com certeza, acontecer no novo aumento de casos, mas diz que isso pode ocorrer dada a disparidade percentual de pessoas já expostas ao vírus.


Um fator de proteção para os mais ricos é a maior possibilidade de trabalhar de casa e fazer o distanciamento social.

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No final de setembro, o país entrou pela primeira vez em estágio de desaceleração de contágio. Em direção contrária, neste mês, países europeus veem os casos de Covid-19 crescerem com a chegada do outono no hemisfério Norte. "Isso [na Europa] já era esperado, é a história natural da pandemia, basta olhar o que aconteceu com o H1N1", diz a infectologista.


O atual estágio da Covid-19 na Europa, após a reabertura das economias e da flexibilização das restrições sociais, tem apresentado um padrão diferente do observado no início da disseminação da doença no continente.

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"É muito interessante notar que há um número menor de óbitos agora. Temos duas explicações para isso: a primeira delas é que estão testando mais as pessoas. E a curva de aprendizada que tivemos. Hoje, sabemos tratar muito melhor os casos graves do que no início da pandemia", afirma Mirian. O cenário europeu prenuncia a necessidade de aumentar a testagem no Brasil.


Para a infectologista, novo aumento de casos deve ocorrer. "A gente espera conseguir diagnosticar um número maior de pessoas, porque já temos mais testes disponíveis, e que a mortalidade seja menor, porque sabemos tratar melhor agora. Esperamos ver o mesmo cenário reproduzido aqui, com uma vantegem: eles estão entrando no inverno e nós, no verão", afirma.


Mirian também explica que o Brasil pode ter outra vantegem em relação aos países europeus. Como aqui a curva de casos baixou mas se manteve num platô por mais tempo, o número de pessoas já imunizadas naturalmente pode ser proporcionalmente maior.

No entanto, ainda é impossível saber por quanto tempo essa imunidade individual pode ser mantida, o que significa que medidas de afastamento social continuam sendo válidas e necessárias.


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