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Curitiba tem três vezes mais médicos que o interior do Paraná

Rafael Fantin - Especial para a Folha
02 abr 2023 às 11:38
- Pexels
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Mais médicos e menos presença nos atendimentos. A capital e o interior paranaense vivem um paradoxo na saúde pública em relação ao número de médicos e a demanda populacional pelo serviço.


Apesar das filas nos Prontos-Socorros, seja por convênio ou pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e da longa espera por uma consulta para o paciente que dependente exclusivamente do atendimento público, a presença médica é três vezes maior em Curitiba do que no Interior do Estado, o que segue a tendência nacional confirmada pelo último estudo “Dados da Demografia Médica no Brasil” da AMB (Associação Médica Brasileira) em parceria com a USP (Universidade de São Paulo).

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De acordo com a pesquisa, o interior do Paraná concentra 54% dos 32.525 médicos registrados no Estado, no entanto, o índice por mil habitantes é de 2,24, abaixo da média nacional, que subiu para 2,60 em relação ao último censo médico realizado no Brasil em 2010, quando o índice nacional era de 1,63.

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Na capital, ainda conforme o levantamento, 13.898 médicos atuam em Curitiba para atendimento de uma população de 1.963.726 habitantes, o que representa um índice de 7,08. Já o Paraná apresenta o indicador mais baixo entre os estados do Sul com 2,80 médicos por mil habitantes.

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Em entrevista à FOLHA, o conselheiro e gestor do Departamento de Fiscalização do CRM-PR (Conselho Regional de Medicina do Paraná), Carlos Roberto Naufel Junior, afirmou que o grande problema do deslocamento dos profissionais para o interior é que “a medicina não é feito só com médicos”, mas necessita de estrutura adequada para o atendimento, não só material, mas também de recursos humanos.


“O médico chega em uma pequena cidade, mas não tem condições de exercer o seu trabalho. Há 50 anos, ele ia para o interior com uma maleta e um estetoscópio e resolvia tudo. Mas, houve um avanço enorme na medicina com a tecnologia. Então, as entidades médicas batem nesta tecla há anos, pois precisamos de um programa que melhore as condições de assistência à saúde como um todo. Não adianta colocar apenas um médico no local”, analisou.


LEIA MAIS NA FOLHA DE LONDRINA.


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