Com medo da pandemia e na tentativa de fortalecer o sistema imunológico, muitas pessoas começaram a tomar por conta própria complexos vitamínicos popularmente conhecidos como "complexos A Z”. Esses medicamentos, que são vendidos sem prescrição médica, se consumidos em excesso e sem a devida orientação, ou sem necessidade, podem trazer malefícios a saúde, causando a hipervitaminose.
De acordo com a coordenadora do curso de farmácia da Unopar e mestre em Ciências da Saúde, Ana Paula Michelin, o uso dessas vitaminas só precisa ser feito se existe déficit no organismo. "O uso desses componentes sem necessidade nem sempre traz benefícios. O ideal é realizar um exame de checkup para saber como estão os níveis de vitaminas e minerais no organismo e, com base nos resultados, o médico pode avaliar a necessidade do suplemento”, destaca. "Com o passar da idade, os níveis de vitaminas e minerais decaem normalmente, mas ainda sim é interessante verificar os níveis desses compostos antes de suplementar”, complementa.
A especialista também chama atenção para o fato de que algumas vitaminas, quando tomadas em excesso, podem sim ser prejudiciais, ao contrário do que se pensa. Por exemplo, o excesso de vitamina D pode acarretar problemas nos rins e coração. No excesso de vitamina E, apesar de rara, existe a possibilidade de hemorragias. "Para verificar como o organismo está reagindo ao suplemento, é importante monitorar o uso com exames laboratoriais. Em alguns casos, o indivíduo utiliza complexos vitamínicos, mas não melhora os níveis desses compostos no organismo. Então é essencial o acompanhamento clínico para alcançar os níveis desejados”, finaliza a professora.
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Caso você não tenha nenhuma deficiência grave, a melhor saída é a reeducação alimentar, rica em frutas e legumes. Com uma alimentação balanceada é possível manter níveis satisfatórios de vitaminas e minerais.