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Ministério investiga se Brasil teve 39 casos de Covid-19 antes do primeiro registro oficial

Natália Cancian e Daniel Carvalho - Folhapress
13 mai 2020 às 10:29
- Reprodução/Pixabay
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O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (12) que investiga se o país pode ter registrado casos de coronavírus antes da primeira confirmação oficial da doença, ocorrida em 26 de fevereiro.

A apuração ocorre após a pasta receber registros de 39 casos de síndrome respiratória aguda grave ocorridos antes dessa data em nove estados, e que tiveram confirmação laboratorial para a Covid-19.

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A pasta, porém, diz que irá verificar agora se os registros estão corretos, feitos por investigação retrospectiva, ou se houve um possível erro de digitação.

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No início de abril, a pasta chegou a informar que tinha identificado um caso da doença ainda em janeiro em Minas Gerais. Menos de um dia depois, voltou atrás e corrigiu a informação, alegando que o caso ocorreu em março e houve falha nas informações enviadas.

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Um ofício foi encaminhado nesta terça (12) para secretarias de saúde onde os casos foram registrados. Entre eles, há casos apontados como de janeiro deste ano, afirma o secretário de vigilância em saúde substituto, Eduardo Macário.


"Esses 39 casos foram identificados no sistema de informação nacional. Estou encaminhando esse ofício para que façam uma investigação detalhada se [o paciente] teve sintomas antes do dia 26, para entender com dados reais, ou se trata de um erro de digitação. São milhares de dados digitados diariamente e um erro pode acontecer", afirmou.

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Ele frisa que, até o momento, a data do primeiro caso confirmado permanece como 26 de fevereiro. O registro foi de um paciente atendido em São Paulo após voltar de viagem à Itália.


Para Macário, a possibilidade de erro não pode ser descartada devido ao aumento no volume de registros da doença no país.
Em estudo divulgado nesta segunda, a Fiocruz apontou que a circulação do novo coronavírus começou na primeira semana de fevereiro, mais de 20 dias antes do primeiro caso ter sido diagnosticado e do Carnaval.

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Para investigar o início do surto, o ideal é contar com um volume representativo de genomas dos vírus encontrados em amostras de pacientes. No entanto, essa metodologia não pôde ser aplicada em função do curto espaço de tempo desde o início da pandemia e da quantidade limitada de genomas disponíveis.


Assim, os pesquisadores desenvolveram um novo método, utilizando os registros de óbitos para identificar o início da transmissão, como um rastreador "atrasado". Isso porque o tempo médio entre a infecção e a morte por Covid-19 é de cerca de três semanas.

De acordo com a Fiocruz, outras evidências também indicam que a transmissão local do vírus no país começou no início de fevereiro. Segundo o InfoGripe, sistema da Fiocruz que monitora as hospitalizações de pacientes com síndrome respiratória aguda grave, análises moleculares detectaram um caso de infecção pelo novo coronavírus entre 19 e 25 de janeiro. Já o aumento sustentado no número de infecções foi observado entre os dias 2 e 8 de fevereiro.


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