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Pfizer inicia testes de vacina contra coronavírus em americanos

Matheus Moreira - Folhapress
07 mai 2020 às 08:57
- Reprodução/Pixabay
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Uma nova vacina desenvolvida pela farmacêutica americana Pfzer em conjunto com a alemã BioNTech começou a ser testada em humanos nos Estados Unidos na segunda-feira (4), segundo anunciaram as empresas. Se os testes forem bem-sucedidos, a imunização pode estar pronta em setembro.

Os testes já tinham começado em abril na Alemanha, com 12 adultos saudáveis. A expectativa dos pesquisadores é expandir o estudo para 200 pessoas no país europeu e outras 360 nos Estados Unidos na primeira fase.

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No fim da segunda fase de testes, espera-se que pelo menos 8.000 pessoas terão recebido a vacina.

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A vacina é feita a partir do RNA viral da vacina, que contém a receita para a produção da chamada proteína S (de "spike" ou espícula, o gancho molecular usado pelo Sars-CoV-2 para se conectar às células humanas). Espera-se que, uma vez dentro das células, esse pedaço de RNA seja usado para iniciar a produção da proteína S, a qual, por sua vez, desencadeará uma reação de defesa do organismo. Quando o organismo entrar em contato com o vírus real, a esperança é que ele já esteja com anticorpos prontos para combatê-lo.

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Outras empresas, como Moderna, Inovio e CanSino, estão investindo em vacinas com abordagem similar, algumas das quais já começaram os testes em humanos há algumas semanas, mas nenhuma imunização com essa tecnologia chegou ao mercado global.


Nos EUA, as escolas de medicina das universidades de Grossman (Nova York) e de Maryland (Baltimore) e os centros médicos da Universidade de Rochester (Nova York) e do Hospital Infantil de Cincinnatti (Ohio) participam do estudo da Pfizer.

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Os voluntários foram divididos em grupos e cada um recebeu uma das quatro variações da vacina, com diferentes orientações para fazer uma parte diferente da proteína S. Após a aplicação, os pesquisadores passam a acompanhar os níveis de anticorpos dos voluntários, bem como outros indicadores.


A divisão em grupos e a administração de quatro variações da vacina podem diminuir o tempo de análise e produção de um imunizante eficaz.

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Caso uma das variações do fármaco funcione e o produto seja aprovado pelas agências reguladoras e sanitárias, as primeiras doses podem chegar ao mercado americano em poucos meses.


Uma outra vacina, chinesa, teve resultados positivos em testes em macacos rhesus, segundo resultados publicados na prestigiosa revista Science.

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O laboratório chinês Sinovac Biotech já tinha anunciado os resultados no fim de abril, mas faltava a validação da comunidade científica.


Oito macaco rhesus, que são suscetíveis à infecção pelo novo coronavírus, foram divididos em um grupo experimental (que recebe a vacina) e um grupo controle (que recebe uma vacina placebo, sem efeito).

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Dentro do grupo de animais que receberam a vacina experimental houve uma segunda divisão. Metade dos vacinados recebeu uma dose média (3 microgramas) e o restante recebeu uma dose mais alta (6 microgramas).


Em todos os primatas que participaram do estudo, a vacina e o placebo foram aplicados três vezes: no dia 0, no 7 e no 14.
Uma semana após a última aplicação, todos os animais foram infectados com o Sars-CoV-2.

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Como esperado, todos os macacos do grupo controle apresentaram material genético do vírus na faringe e no pulmão e desenvolveram pneumonia intersticial (a mesma causada pelo coronavírus).


Os macacos que receberam a dose média da vacina tiveram, inicialmente, proteção contra o vírus. No entanto, entre o terceiro e o sétimo dia após a infecção, esses animais apresentaram aumento da carga viral na faringe e no pulmão.


O resultado mais animador e positivo foi constatado na análise dos macacos que receberam a dose alta. Todos os quatro animais desse grupo foram imunizados contra o coronavírus e não apresentaram material genético na laringe e no pulmão na última medição, realizada sete dias após a infecção.


Nem a vacina nem o placebo causaram qualquer reação adversa nos animais. Nenhum dos macacos apresentou febre, perda de peso, alteração de apetite ou mental. Exames realizados em todos os primatas no 29º dia após a infecção mostraram que não houve desenvolvimento de qualquer doença em nenhum dos órgãos dos macacos.


Diante dos resultados, os pesquisadores informaram que os testes em humanos das fases 1, 2 e 3 devem começar ainda este ano.


Desde o início da pandemia de Covid-19, mais de cem testes diferentes de vacinas foram anunciados mundo afora.

A velocidade do processo em diferentes países supera tudo o que já foi visto até hoje na área de desenvolvimento de vacinas, normalmente um processo demorado e trabalhoso que envolve várias rodadas de testes em animais e avaliações de toxicidade antes das três fases obrigatórias de testes clínicos com pessoas.


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