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Sem doses suficientes

Rio de Janeiro vai suspender vacinação contra Covid, anuncia Paes

Anna Virginia Ballloussier e Italo Nogueira - Folhapress
15 fev 2021 às 14:23
- iStock
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Sem Carnaval e, agora, sem mais vacinas. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), afirmou na manhã desta segunda-feira (15) que a campanha de imunização contra a Covid-19 no município será interrompida por falta de doses de imunizantes.


A aplicação das vacinas em pessoas com 84 e 83 anos, previstas para esta segunda e terça-feira (16), continua de pé, segundo Paes.

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"Estamos prontos e já vacinamos 244.852 pessoas. Só precisamos que a vacina chegue. Nova leva deve chegar do [Instituto] Butantan na próxima semana", escreveu o prefeito em sua conta no Twitter.

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A entrega do lote é responsabilidade do governo federal, por meio do PNI (Plano Nacional de Imunização). O Butantan, que distribui a Coronavac, repassa os imunizantes para a União.

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O instituto, que fica em São Paulo, diz por meio de sua assessoria de imprensa que a logística de distribuição das doses fica a critério do Ministério da Saúde e que a entrega está em dia.


Procurada, a pasta não falou se atrasou ou não o envio. Disse, em nota, que já enviou aos estados 11,1 milhões de imunizantes e que o Brasil tem 354 milhões de doses garantidas para 2021 por meio dos acordos com Fiocruz (212,4 milhões de doses), Butantan (100 milhões de doses) e Covax Facility (42,5 milhões de doses).

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Até este domingo (14) o país havia vacinado com ao menos uma das duas doses necessárias pouco mais de 5 milhões de pessoas.


"Na medida em que os laboratórios disponibilizarem novos lotes de vacina, novas grades de distribuição e cronogramas de vacinação dos grupos prioritários serão orientados pelo PNI", afirma o ministério em nota.

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A Secretaria Municipal de Saúde está aplicando tanto a Coronavac quanto o imunizante da Oxford/AstraZeneca, este parceiro da Fiocruz, que fica no Rio. A expectativa, de acordo com a pasta, é receber novas doses das duas via Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde. Paes só fez referência ao Butantan ao justificar o adiamento da campanha por escassez de vacinas.


Paes esperava a chegada de novas doses nesta segunda para manter o cronograma, que previa a vacinação de idosos a partir de 75 anos até o fim deste mês.

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A Secretaria Municipal de Saúde diz que espera retomar o calendário na semana que vem, quando idosos com 82 anos para cima seriam imunizados. Daniel Soranz, à frente da pasta, afirmou que a segunda dose das pessoas já vacinadas com a primeira da Coronavac está garantida.


"A segunda dose está reservada. Começamos a aplicar nesta segunda em institutos de longa permanência de idosos e profissionais de saúde", disse o secretário à TV Globo.
Em entrevista à Folha publicada no sábado (13), a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, disse que a expectativa é receber 4,9 milhões de doses até o dia 23 deste mês.

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Recentemente, membros do Ministério da Saúde têm falado na possibilidade de receber novos lotes um pouco mais cedo, até o próximo domingo (21) -sem citar, contudo, datas precisas e qual seria o fornecedor.


Em meio ao anúncio de suspensão feito pelo Rio e ameaça de medida semelhante em mais capitais, auxiliares de Pazuello tentam ainda frisar que a situação não representa o fim ou uma suspensão da campanha em todo o país, mas o que chamam de "término momentâneo" das doses em algumas cidades.

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Apontam ainda que a suspensão vale apenas para a primeira dose, já que havia a previsão de reserva da segunda dose da Coronavac para ser aplicada em que já recebeu a primeira.


Para o grupo, a situação já era esperada em cidades maiores, que têm maior estrutura para aplicar as vacinas disponíveis.


A vacinação já havia sido interrompida por motivo semelhante em outras três cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro na semana passada. Em dois deles, São Gonçalo e Duque de Caxias, o Ministério Público alertou para falhas na organização do atendimento a grupos prioritários.


Em São Gonçalo, aplicações da primeira dose foram suspensas na terça-feira (9). De acordo com a prefeitura, a segunda dose já estava reservada e começou a ser aplicada na segunda-feira (8) em profissionais da saúde da linha de frente do combate à Covid-19.


No dia 6, o MP-RJ notificou o secretário municipal de Saúde de São Gonçalo, André Vargas, para que fosse cumprido o atendimento aos grupos prioritários, conforme prevê o plano nacional de vacinação.


No documento, o órgão afirma que profissionais da saúde foram contemplados pela prefeitura sem qualquer critério ou vínculo com a unidade de saúde, o que gerou uma "intensa migração dos profissionais de saúde de outros municípios vizinhos" para serem vacinados.


Assim, o Ministério Público recomendou ao município que fossem priorizados os profissionais da linha de frente do combate à pandemia, que comprovem vínculo ativo.


Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo afirmou que fez mudanças no plano de vacinação municipal para garantir a prioridade dos trabalhadores da saúde com mais de 60 anos, assim como da população idosa da cidade.


A Prefeitura de Duque de Caxias não estabeleceu previsão para a retomada da aplicação da primeira dose do imunizante e afirmou que aguarda o encaminhamento das vacinas ao município.


Niterói, onde a vacinação também foi interrompida na segunda-feira, foi o destino de 5.670 doses da Coronavac na terça-feira. A aplicação em idosos acima dos 88 anos foi retomada. Nesta quarta-feira (10), profissionais de saúde e idosos em Instituições de longa permanência começaram a tomar a segunda dose da vacina.


O prefeito da cidade, Axel Grael (PDT), publicou nas redes sociais na segunda-feira (8) um vídeo no qual alertava para as responsabilidades de cada esfera da administração pública na campanha de vacinação.


"O Ministério da Saúde tem a responsabilidade de comprar as vacinas e distribuir para os estados (...) Niterói até tentou comprar vacinas, mas não foi possível. A gente depende das vacinas que chegam do governo federal", disse.


Em todo o estado do Rio, foram vacinadas 370.045 pessoas até esta segunda, o equivalente a pouco mais de 2% da população fluminense.


O Brasil registrou neste domingo (14) a maior média móvel de mortes por Covid-19 de toda a pandemia do novo coronavírus: foram 1.105 mortes por dia na última semana.

Até então, a maior média era de 1.097 mortes, registrada em 25 de julho de 2020, no auge da primeira onda da doença no país. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução do vírus, pois atenua números isolados que fujam do padrão.


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