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Diabetes e fim de ano

Como aproveitar as festas sem descuidar da saúde

Fernando Buchhorn - Redação Bonde
13 dez 2017 às 16:21
- Shutterstock
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O fim de ano é um momento em que confraternizações, almoços e ceias de Natal e Réveillon são inevitáveis. E é nessa época também que o prazer de comer e o descuidado com a saúde se juntam à mesa, exigindo de pessoas diabéticas uma atenção especial com o organismo. Estudos recentes do Ministério da Saúde mostram que, na última década, o índice de pessoas com diabetes cresceu 61% entre maiores de 18 anos em capitais do país. A doença já atinge 9% dos brasileiros.

O endocrinologista Levimar Rocha Araújo explica ao paciente de diabetes que a melhor maneira de aproveitar as festas de fim de ano e evitar episódios de hipo (pouco açúcar no sangue) ou hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) é manter a hidratação, fazer o monitoramento da glicemia com frequência e consumir pequenas porções balanceadas em carboidratos e proteínas.

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Já para o nutricionista Caio Amaral, que é diabético e está acostumado à rotina de controle e aplicação diária da insulina, o problema nas festas de fim de ano é a insistência das outras pessoas para que determinados pratos e sobremesas sejam experimentados. " A maior dificuldade dos pacientes é a tentação em si; a exposição diante de vários preparos que normalmente são restritos e que, por falta de conhecimento ou por não conhecerem determinadas estratégias, acabam por fazer escolhas erradas."

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Veja os principais cuidados para aproveitar as festas de fim de ano sem ter problemas com a saúde, de acordo com as orientações dos profissionais da área:

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Principais cuidados


Atentar-se ao monitoramento da glicemia e levar a insulina e o aparelho monitor de glicose para as festas. O monitoramento deve ser feito, no mínimo, três vezes ao dia: em jejum, depois do almoço e antes de dormir. A aplicação também deve ser feita após a ingestão de preparos ricos em carboidratos. Durante as festas, os pacientes podem se esquecer de aplicar alguma dose, já que os horários das comemorações são desregulados, mas, mesmo que aconteça algum episódio de hipo ou hiperglicemia com náuseas ou vômito, é preciso aplicar a insulina.

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Controlar a ingestão de carboidratos e proteínas: optar por cereais integrais e adicionar fontes de fibras, como verduras, legumes, aveia, chia, lentilha e castanhas, ajuda a diminuir a velocidade em que o açúcar é absorvido. As pessoas acham que não podem comer açúcar, mas comem frutas e carnes em excesso. Em churrascos, é importante cuidar da quantidade de carne consumida. Para cada 100 g de carne, somar 15 g de carboidratos na contagem. A proteína em excesso pode piorar a função renal, que também é uma complicação muito comum ao diabético. Também é importante evitar o consumo exagerado de frutas: uma boa dica é associar canela e/ou aveia às frutas para diminuir ou retardar a absorção de açúcar no sangue.


Hidratar-se bem: água com gás é uma boa opção, pois, além da sensação de saciedade que o gás dá, evita o consumo excessivo de álcool. A bebida alcoólica é permita desde que seja de forma moderada e que o paciente esteja bem controlado.

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Diferenças de cuidados para cada idade


O tratamento deve ser individualizado: crianças e idosos possuem uma quantidade menor de água total e podem se desidratar mais rápido.

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Pacientes com problemas cardíacos e antecedentes de Acidente Vascular Cerebral (AVC) devem estar mais atentos à queda da glicose. O monitoramento deve ser mais intenso.


Consequências do abuso ou da fuga da dieta regrada

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A má administração da insulina pode ocasionar mal-estar, como náuseas, vômitos, hipoglicemia ou hiperglicemia.


O que fazer de imediato se o diabético passar muito mal

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Primeiramente, saber se o abuso levou à queda ou à elevação da glicose no sangue. Na dúvida, consuma algo açucarado. Se for hipoglicemia, é fácil reverter o quadro e salvar a vida do paciente. Se for hiperglicemia e o paciente ingerir açúcar, a elevação deve ser corrigida com insulina de ação rápida.


Se os sintomas de hiperglicemia são evidentes, hidrate-se antes de aplicar a insulina. Se não for possível a hidratação oral, chame um atendimento ou conduza o paciente a um médico.


Levimar Rocha ressalta que "não é preciso fazer restrição alimentar quando o diabético está atento à sua glicemia. Monitorar a taxa antes e depois de comer evita episódios desconfortáveis ao paciente e, sem excessos, ele poderá curtir as festas tranquilamente".

O nutricionista Caio Amaral também explica que manter a prática de atividades físicas, preferencialmente as aeróbicas, facilita a utilização de açúcar pelos músculos, o que reduz a administração de insulina em exagero. "A dica que deixo para os pacientes é que se atentem às escolhas; saber que tudo em nossas vidas são quantias e momentos. Tentações sempre haverão, basta saber que pequenas quantidades desses alimentos podem ser consumidos, especialmente no final do ano."


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