O presidente Jair Bolsonaro mais uma vez prestigiou pessoalmente uma manifestação em Brasília de apoiadores a ele e com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso. Desta vez, o ex-ministro Sergio Moro também foi alvo do protesto. Em declaração transmitida em live dele em sua rede social, Bolsonaro afirmou: "Temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, pela liberdade".
Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada neste domingo (3) e foi até a rampa do Planalto para acenar aos manifestantes, aglomerados, que gritavam "Fora Maia", entre outras coisas.
O presidente voltou a criticar governadores por medidas de isolamento social no combate à pandemia do coronavírus e criticou o que chamou de "interferência" em seu governo, numa alusão às recentes medidas do STF. Bolsonaro diz querer "um governo sem interferência, que possa atrapalhar para o futuro do Brasil". "Acabou a paciência", disse.
Leia mais:
Proibição do uso de animais para tração de carroças em Londrina será votado na quinta
Google passará a vetar anúncio político em buscas e YouTube após regra eleitoral do TSE
Senado aprova projeto que regula pesquisa com seres humanos
Após indiciamento de Bolsonaro, PGR pede mais apuração sobre fraude em cartão de vacina
Um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao Museu Nacional, em Brasília. Em seguida, foi organizada uma carreata em direção ao Palácio do Planalto. O ato promoveu aglomerações num momento que Brasil tem mais de 6.000 mortes pela Covid-19 e 96 mil casos confirmados.
A carreata teve início por volta das 10h30, descendo a Esplanada dos Ministérios em direção à Praça dos Três Poderes, onde chegaram por volta das 11h30.
Embalados por palavras de ordem e cartazes com críticas ao ex-ministro Sergio Moro, que deixou o governo recentemente, apoiadores afirmavam que estão "fechados com Bolsonaro".
Ao chegar em frente ao Congresso, o grupo deixou os carros e desceu em direção ao Palácio do Planalto diante da promessa feita por um dos organizadores de que Bolsonaro apareceria para vê-los.
Durante a caminhada foram entoados gritos de apoio ao presidente e de críticas a Moro e a Alexandre de Moraes, do STF, que barrou a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, para o comando da Polícia Federal.
Moro, chamado no sábado (2) de Judas pelo presidente, recebeu palavras maia ofensivas do grupo, como "canalha" e "moleque de Curitiba".
Entre as mensagens dos cartazes havia "Armas para cidadãos de bem", "Fora Maia", "Fora Alcolumbre".
Em frente ao STF, alguns gritaram "vamos invadir". "Olé, olé, STF é puxadinho do PT".