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Governo Bolsonaro vincula mortes e casos de Covid a governadores adversários

Danielle Brant e Gustavo Uribe - Folhapress
11 ago 2020 às 10:45
- Valter Campanato/Agência Brasil
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O Palácio do Planalto distribuiu a partidos da base aliada no Poder Legislativo uma espécie de ranking dos governos estaduais e municipais que apresentam o maior número de mortes e casos do novo coronavírus.


O documento, produzido pela Secretaria de Governo com dados do Ministério da Saúde, associa a contaminação pela doença a governadores e prefeitos, muitos deles adversários do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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A planilha utiliza informações divulgadas no sábado (8) sobre o alastramento da doença no país.

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O ranking dos estados com o maior número de novos casos, por exemplo, é liderado pelos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e da Bahia, Rui Costa (PT).

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O governador de São Paulo também é citado na dianteira na relação dos estados que tiveram maior número de óbitos no sábado (8). Ele é seguido pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).


Segundo auxiliares presidenciais, o documento foi distribuído na tentativa de municiar deputados aliados contra governadores e prefeitos que têm criticado a gestão da crise sanitária pelo governo federal.

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No ranking de municípios com o maior número de novos casos, o documento faz referência aos prefeitos de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), e de Salvador, ACM Neto (DEM).


Em nota oficial, a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, disse que o documento tem o objetivo de "monitorar a disseminação da Covid-19 nos entes federativos para auxiliar na articulação do governo federal".

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"O documento em questão foi criado para contribuir internamente na gestão de curto prazo de como a pandemia está se comportando nos estados e municípios. Os dados apresentados são todos públicos e retirados do site do Ministério da Saúde", ressaltou.


Nesta segunda-feira (10), em entrevista à imprensa, Doria disse que o país atingiu no sábado (8) a marca de 100 mil mortes pela doença porque houve "desprezo pela ciência".

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"Especialistas reconhecem hoje que o desprezo pela ciência, pela saúde e pela vida, e o desprezo por essa pandemia, lamentavelmente contribuiu para que chegássemos a 3 milhões de casos e 100 mil mortes, o segundo pior índice do planeta", afirmou.


Doria aproveitou para falar diretamente a Bolsonaro. Ele acusou o presidente de ter sido "omisso" e "negativista" em relação à pandemia do novo coronavírus.

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"Continua minimizando os efeitos dessa pandemia, a maior crise de saúde da história do país", afirmou. "Presidente Bolsonaro, não era uma gripezinha", acrescentou.


Nesta segunda-feira (10), o Brasil registrou 721 mortes de infectados e 20.730 novos casos da doença. O país acumula 101.857 óbitos e mais de 3 milhões de infectados na pandemia do novo coronavírus.


Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.

As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.


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