O Brasil registrou 204 novas mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta (15). São até agora 1.736 óbitos pela Covid-19 no país.

O número de novas mortes registradas é o mesmo anotado na terça-feira (14), um recorde.

Balanço da pasta também aponta 28.320 casos confirmados da doença, aumento de 12% em um dia. Na semana passada, o país ultrapassou os 20 mil casos confirmados de Covid-19.

O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que só pacientes internados em hospitais fazem testes e há casos represados à espera de confirmação.

Esse foi o segundo dia seguido em que foram registrados mais de 200 mortes, depois de números mais baixos no fim de semana. Questionado se isso configuraria um novo padrão na escalada dos casos e óbitos, o ministro Luiz Henrique Mandetta informou que grande parte dessa discrepância se deve ao longo período de internações relacionadas ao novo vírus. "Eu acho que é um somatório", informou o ministro.

"Você tem São Paulo que é uma cidade que normalmente carrega muito os números, que é a nossa mega cidade, nossa megalópole. São Paulo tinha conseguido dar uma quebrada no número de progressão da doença, mas tinha o seu estoque de pacientes com histórico de óbito. Então você primeiro cai e os outros vão cair mais para frente porque você tem pessoas cujo tempo médio de internação é muito prolongado, então o número de casos não acompanha necessariamente o número de óbitos", informou.

Todas as unidades da federação agora registram mortes em decorrência da Covid-19. Isso porque Tocantins, estado até então sem óbitos, teve sua primeira vítima confirmada, de acordo com o boletim.

A assistente social da Prefeitura de Palmas Francisca Romana Sousa Chaves, 47, foi a primeira vítima da Covid-19 no estado. Ela morreu nesta terça-feira (14) num hospital particular da capital. Ela sofria de hipertensão e estava internada desde 18 de março. Tocantins contabiliza 26 casos do novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde.

São Paulo, o estado mais populoso do país, continua como o mais afetado pelo novo coronavírus. São 11.043 casos e um total de 778 óbitos.

Em relação ao número de casos confirmados, aparecem na sequência Rio de Janeiro, com 3,743; Ceará, com 2.157; Amazonas, com 1,554; e Pernambuco, com 1.484.

Após São Paulo, o estado com o maior número de mortes é o Rio de Janeiro, com 265. Depois aparecem Pernambuco, com 143; Ceará, com 116; e Amazonas, com 106.

Mandetta reforçou que os meses de maio de junho serão de grande impacto para a estrutura de saúde do país. Enquanto os demais países saíram da sazonalidade das doenças de inverno, como Europa e Estados Unidos, argumenta o ministro, o Brasil vai enfrentar essa nova fase junto com o surto de coronavírus.

"A nossa sazonalidade [de influenza] é exatamente no mês de maio, porque uma [doença] potencializa a outra. Isso no Sudeste", disse o ministro.

"Depois quando a gente chega em junho. Aí a gente tem a sazonalidade da região Sul, região onde temos o maior número de idosos", completou.

No mundo, o número de casos chegou a dois milhões nesta quarta-feira, com mais de 128 mil mortes registradas em 185 países.