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Quebrando o círculo

01 jul 2019 às 09:05
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Foto: Pixabay

Um diretor de empresa poderoso gritou com seu gerente, porque estava com muito ódio naquele momento. O gerente, chegando em casa, gritou com sua esposa, acusando-a de gastar demais com o almoço. A esposa, nervosa, gritou com a empregada, que havia quebrado um prato. A empregada chutou o cachorro no qual tropeçara. O cachorro saiu correndo e mordeu uma senhora que trombou com ele. A senhora foi à farmácia fazer um curativo e gritou com o farmacêutico porque estava doendo. O farmacêutico foi à sua sessão de análise e gritou com o analista porque estava frustrado. E o analista disse: "Estou vendo o quanto você está frustrado, cansado, cheio de raiva. Dá para notar o quanto está intolerável o que está sentindo. É quase como se você quisesse derramar para fora o que sente." Ao escutar isso o sujeito se sentiu compreendido e pôde se acalmar. Percebeu também que não estava bravo com o analista, como havia pensado inicialmente.

Neste instante, quando a sessão de análise aconteceu, o círculo de ódio foi quebrado. Vamos, ao longo do dia, dos meses e dos anos, acumulando raivas e ressentimentos que sem nos darmos conta acabamos pegando como nossos. Nos apropriamos daquilo que não nos pertence e vamos mantendo essa repetição de jogar a batata quente para quem estiver mais perto. Geralmente é assim que as pessoas vivem e agem.

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Obviamente, é uma maneira muito empobrecedora. Queremos nos livrar do que sentimos como se isso fosse possível. Não é. Já que não nos livramos daquilo que nos é despertado através das emoções, só podemos mesmo aprender a lidar com elas. Romper os círculos de ódio que existem por aí só se torna viável quando aprendemos a lidar com nossos sentimentos e não apenas jogá-los longe rapidamente.

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Numa análise somos convidados a conhecer o que sentimos. Quem se escuta pode decidir de maneira consciente qual medida tomar. Quem pode tolerar os próprios sentimentos cria a condição de escolher o que quer e o que é melhor fazer de fato. Numa análise círculos que há anos se faziam presentes na vida de muitos, podem ser reconhecidos e quebrados. E no lugar deste círculo repetitivo pode surgir uma nova maneira de se relacionar com os outros e com a própria vida.


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